Nos indeléveis desejos da solidão imposta, vou me refazendo de peças de areia, insustentáveis por natureza.
As esperanças sem fim de um amor que exista e dure são boicotadas por mim e pelo outro com nossos narcisismos intermináveis. Tem gente que vem assim de supetão e fica, não sei nem se esse ficou, mas matou muitas carências no meio do caminho. Que época doida pra sentir.
Agora com o cheiro de outro no nariz e também o gosto dele na boca, me entristece não lembrar dos seus. No entanto, a tristeza é mais de lembrar do cafuné, da presença e talvez até do egoísmo que se mostrou por aí. Tenho medo da minha abertura. Tenho medo dessa confiança que eu deposito em quem apenas fez chegar, mas também tenho a certeza que não sei viver diferente e de que é mais importante aceitar o que mostro e sou.
Finalmente tenho algumas fundações nesse chão onde piso, meu ego já não está à deriva das paixões bandidas e, apesar de gostar demais delas, os ventos que as levam tem me pegado de velas recolhidas ou a meio mastro.
Tem um oceano por aí, por mais que nesse momento esteja preso no meu barco, ele segue firme na direção que escolhi. Algum dia alguém embarca.
[+] Snoop Dog feat. Bruno Mars - Young, Wild and Free
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