Meu caro,
A cada dia é menos difícil não ter sua perspectiva, não ter sua idéia presente, não sonhar nas intermináveis conversas sobre tudo, sobre nada, você, eu, nós.
Aliás, acho que nunca houve um nós. Que clichê mais patético, eu digo sozinho, mas a cada vez que escuto "Futuros Amantes" e não me deixo passar do terceiro verso na repetição, percebo que você ainda existe aqui (ou a idéia de você).
Nosso problema é que eu fiz destes encontros um simples compartilhamento de idéias um do outro, uma coisa meio disforme que nunca refletiu a realidade de qualquer dos dois. A minha, porque não mostrei, a sua, porque eu não quis ver.
E de repente Nina me arrebata com seu spell e me esqueço disso tudo. Lembro só do seu toque, do seu carinho, do seu corpo, do seu sorriso, do seu jeito de sorrir com o canto da boca, com um cigarro na mão e uma stella na outra.
Não, não vou mandar esse poço de admiração e carência, digo outra vez, mas o que se passa quando a carência se vai e eu ainda penso em você?
Uma paixão torta que poderia ser um amor torto e gostoso. Só que não.
A cada dia é menos difícil e num destes vai passar.
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