segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Das cartas que mandei.

O amor não deu, tentamos muitas vezes, não deu.

Ele fica aqui, guardado num sem fim de dor, mas também sem fim de saudade. Isso é bom, significa que aprendi muito nesse caminho, espero que você também. Espero de verdade que tenha oferecido todo o amor que recebi e que ele tenha sido recebido por você. Espero que suas dores tenham sido menores comigo e que, ao menos algumas vezes, eu tenha conseguido ser o companheiro que você esperava. Você o foi por muitas vezes para mim, obrigado (vou agradecer muito nesse texto).

Em uma nostalgia torta, fico tentando me lembrar do momento em que o desejo foi mais forte, mas me perco nas memórias de buscas de terreno comum que não nos causasse medo. Esses medos (ora seus, ora meus, ora nossos) fizeram muitos cortes profundos nos dois e acho que não soubemos cicatrizar o suficiente pra saber seguir, por mais que quiséssemos (ou queiramos).

Agradeço por tudo, mas principalmente por ter me respeitado e tentado me entender, por ter se questionado e dialogado comigo, por tentar conhecer o melhor e o pior de mim, por me amar mesmo quando eu não pude olhar pra mim mesmo, por ter se esforçado pra colocar suas cartas na mesa mesmo com tanta dificuldade, por buscar entender os gatilhos que eu aciono em você, por entender que eu estou tentando entender e lidar com os meus, por ter me mostrado que eu precisava me entender melhor.

Ainda estou tentando me convencer disso tudo. É importante que você saiba que em nenhum momento a intenção foi te machucar ou te fazer mal. Sei que a sua também não foi.

Te amo. Muito. Mais do que nunca talvez tenha amado alguém.

Se cuida muito, quero te ver bem, leve e feliz com você mesmo e com tudo que você deseja, porque você merece tudo que existe de bom nesse mundo.

Beijo enorme, um abraço muito apertado.

[+] Chico Buarque - Futuros Amantes


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