terça-feira, 24 de junho de 2008

11 steps to make a hell of a night.

1. Dress to feel confident;
2. Arrive late;
3. Smile;
4. Pretend you remember people;
5. Drink a lot of champagne;
6. Meet some people just like you;
7. Let people flirt with you;
8. Laugh about it;
9. Talk to people you love (and you haven't seen for a while);
10. Drive without a license to leave your friend's drunk friend at home;
11. Get a cab, go home, tell the story, take a shower and go to bed.

[+] Madonna - American pie

sábado, 21 de junho de 2008

Do lar alheio.

Jogavam incompreensivelmente aquele emaranhado de cartas que parecia significar nada. Algo mais estava envolvido naquele ocaso, a falta relações aparentes pouco a pouco se revelava falsa e demonstrava ser algo mais profundo. Conhecendo as pessoas que ali estavam, parecia enganar-se com a possibilidade de que algo seria de fato frutífero em tudo aquilo, entretanto, sentia-se em casa. Havia muito que não conseguia circundar-se de um ambiente familiar, ainda que tão alternativo quanto aquele e percebia que precisava disso, o aconchego e carinho maternais lhe faziam tanta falta quanto o que mais almejava naquele momento: que um dia conseguisse ser tão feliz com seus próprios correlatos.
O desequilíbrio o fazia querer mais e mais aquele abraço apertado e distante, sabia agora que podia dá-lo, enfim havia se infiltrado em camadas mais interiores daquele ser que tanto apreciava e que parecia precisar de tanto cuidado. Logo foi agradecendo-lhe, pela oportunidade de convívio que toda a situação havia proporcionado, o fato é que queria agradecer por mais, desejava dizer o quanto aquilo era importante e que se sentia feliz por haver partilhado seus momentos de intimidade tão únicos.
Agora podia entender as duas faces da moeda, na verdade, de duas moedas: a sua e a de outrem; quatro faces então. Seriam iguais? Diria que não, porém muito parecidas sob o espectro do mundo obscuro dos sentimentos verdadeiros.

[+] Don Patridge - Breakfast on Pluto
[+] The Cranberries - Ode to my family

[Bru, nosso].

terça-feira, 17 de junho de 2008

Dos encaixes.

Tinha a sensação de que as três peças nunca seriam compatíveis, ainda que seus encaixes fossem perfeitos e que a imagem que formavam fosse assustadoramente real.
Assim começou a desmembrá-las, de uma forma ou de outra, antecipando aquilo que tomava como inevitável, forçando-se a aceitar a imutabilidade de algumas situações. Por orgulho, nunca disse a ninguém, mas amava com sinceridade as três partes juntas, gostava do fato de que as falhas e saliências pudessem completar-se tornando forte um conjunto que tinha sido frágil.
Sentia agora que a fragilidade voltara rápido demais, ainda que tomasse como certeza que o mundo um dia a traria. Lembrou como tudo tinha começado com vinho e lágrimas derramados, via o fim com vodca e gargalhadas soltas.
Assim, disse adeus ao quebra-cabeça, derramou o derradeiro líquido sobre aquilo que restava, riu e desejou que os terços seguissem felizes ralo abaixo.
Ouviu um riso distante,um eco da tubulação, que logo se converteu em pranto.

[+] Rachel Yamagata - I wish you love

[Rê, Bru; nosso].